segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Lacónica
Estados perturbadores que nos deturpam a mente e ocupam-nos apenas com o caos. Felizmente tudo passa, na verdade demora a passar, é como quando estamos sentados numa estação de comboio com uma dor de cabeça terrível e passa a máquina, passa uma carruagem, outra carruagem, um número interminável de carruagens mas não passa o barulho incómodo que nos faz delirar com dores, finalmente passa a última e sente-se alívio e paz.
Frequentemente estamos em estações de comboios e frequentemente passam comboios barulhentos.
O que nos conforta é saber que acabam quando menos esperamos.
Neste momento passa um comboio longo, barulhento e não consigo abstrair-me pois faz-se sentir tão intensamente que não consigo concentrar-me em mais nada a não ser na última carruagem.
Necessito sentir harmonia!!!!!!!!!!!!!!!!!
Desde sempre que algo me alivia nestes estados de descontentamento, a escrita.
Adoro expurgar-me escrevendo, no entanto, o receio que alguém visualize e possa sequer imaginar o que penso retrai-me. Torno-me então extremamente cautelosa e reflito em cada palavra escrita e em cada frase feita.
Gostava de um dia ter todo o tempo do mundo e despejar todos os meus pensamentos aqui, ou ali, ou acolá, no papel ou no word, ou em outro lado qualquer.
Escrever sem parar, deitar o que me atormenta cá para fora. As tormentas diárias assombram-nos, por vezes porque vemos uma situação menos simpática, outras porque enfrentámos ou vemos enfrentar injustiças.
Eu sei que sou uma florzinha, indigno-me com facilidade, calo-me por muito tempo e apenas falo quando tenho a certeza do que vou dizer.
Adoro brincar e ironizar sobre a vida e sobre as coisinhas diárias mas também me chateio com muita facilidade.
Não desisto facilmente e quando não gosto de algo tento lutar por aquilo em que acredito, felizmente tenho essa capacidade.
Acho extremamente desagradável existirem conflitos e cochichos e na minha opinião existem duas soluções: ignorar ou enfrentar. Enfrentar apenas quando as pessoas são importantes para mim, ignorar quando existe um desprezo mútuo.
Adoro viver, mas gosto mais quando tenho a capacidade de ver os acontecimentos com distância e consigo resolvê-los de uma forma educada e racional.
Por vezes esqueço-me de como é importante ter audácia e esperança.
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